2.1 – Sistema de status e papeis
Todo individuo ocupa na sociedade em que vive posições sociais que lhe dão maior ou menor ganho, prestígio social e poder.
O status que ocupamos na sociedade leva-nos muitas das vezes a manter contacto com muitas e diferentes pessoas e isto para quem na verdade preserva a questão de interacção social, facilmente manterá uma integração saudável.
O status social implica direitos, deveres, prestigio e até privilégios, conforme o valor social conferido a cada posição. Assim, o director de uma grande empresa tem certas regalias, como carro à disposição, escritório bem equipado, tratamento cerimonioso por parte dos funcionários etc., e também muitas das vezes este mesmo status nos torna limitados quanto a relação de integração social.
Numa sociedade, o indivíduo ocupa muitas das vezes diferentes status quantos são os grupos sociais a que ele pertence. Vejamos o exemplo de uma pessoa que é chefe de família, ocupa o cargo de gerente de vendas de uma empresa, é sócio de um clube, frequenta a igreja de seu bairro, pertence ao directório regional de um partido político. Essa pessoa tem um status no grupo familiar, um status ocupacional, um status no grupo de recreação, outro no grupo religioso e outro no grupo político.
Dependendo da maneira pela qual o indivíduo adquire o seu status, este pode ser classificado em status atribuído e status adquirido.
● O status atribuído é o que não é escolhido voluntariamente pelo indivíduo e não depende de suas acções ou qualidades. Por exemplo, o status de “filho de operário” ou de “irmão caçula”.
● O status adquirido é o que se obtém em função das qualidades pessoais do indivíduo, de sua capacidade e habilidade. O status obtido supõe a vitória sobre os rivais e o reconhecimento de tal êxito pelo colectivo.
2.2 - A descriminação vista como factor negativo para a integração social
A descriminação tem constituído em muito dos casos factor de separação entre os indivíduos que constituem uma determinada sociedade. Olhando para o desenvolvimento da história, a descriminação sempre acompanhou o ser humano, embora que hoje, a mesma palavra as vezes se tenta confundir com o racismo. Esta por sua vez está mais virada para a doutrina que afirma superioridade de certas raças e que nela assenta o direito de dominar ou mesmo suprimir as outras. Por sua vez esta poderia ser enquadrada dentro da descriminação, visto que para mim esta engloba o geral me aquela o particular.
Existem vários tipos de descriminação e que dentre elas se destacam: a descriminação racial, a descriminação religiosa, a descriminação política e a descriminação virada para o campo do estado físico e mental do individuo.
Apegando-se neta ultima na nossa sociedade é notório visualizar este tipo de facto. Quantos não são descriminados por possuírem doenças como o HIV/SIDA, insuficiência renal, e outras que na perspectiva dos que se acham saudáveis, lhes atribuem a invalidez e a incapacidade? E estes por sua vez encontram dificuldades no que tange a integração social.
Para que as pessoas não se sintam descriminadas é necessário que as aceitamos tal como elas são, não importando o seu estado de saúde, físico e mental. Pelo contrário devemos ajudá-las a superara estas barreiras.