INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO

 

Desde os tempos remotos, a morte constituiu e continuará a constituir um mistério para a mente do ser humano. Assim sendo, a morte por suicídio tem também preocupado o universo social.

Tem-se tentando dar a este fenómeno diversas explicações. Os sociólogos tentaram explicar o suicídio a partir de factores sociais e culturais.

Émile Durkheim, por exemplo, observou o suicídio no contexto da degeneração dos vínculos sociais e no aumento do isolamento dos indivíduos. Outros sociólogos atribuíram o suicídio à desintegração da família nuclear.

Por esta questão, sendo o suicídio um acto pelo qual o individuo põe fim a própria vida, alguns estudos detectaram que certos grupos apresentam taxas de suicídio mais altas, desta feita a taxa entre os homens é três vezes maior do que entre as mulheres, embora que entre elas o número de tentativas seja superior. Historicamente, as taxas são mais altas entre os idosos, embora no final do século XX tenha havido um significativo crescimento nas taxas de suicídio na faixa etária de 15 à 35 anos.

A integração social tem vindo a colmatar o elevado índice de suicídio. Quanto mais o individuo se sentir integrado no seio de um grupo social menor será a probabilidade de suicídio.

Desta feita, passarei em revista no decorrer do desenvolvimento do tema os itens como o suicídio e a integração na visão de Émile Durkheim, onde o mesmo faz uma abordagem no sentido global das causas que estão em torno do suicídio, os tipos de suicídios; o desenvolvimento histórico do suicídio, onde se destacam as diferentes culturas e as suas visões quanto ao suicídio; o suicídio na visão cristã, em que se destaca a contribuição de Santo Agostinho como sendo um dos primeiros cristãos a condenar o acto de suicídio, na sua obra “ A Cidade de Deus”; explicações psicológica do suicídio, onde é visto o suicídio como sendo uma consequência de perturbação psíquica. Isto na primeira parte.

Já na segunda parte, o suicídio é trado na nossa realidade, de concreto em Angola, onde passarei em revista o papel do status, no que concerne a integração social e outros sub temas tais como a descriminação como sendo um fenómeno que dificulta bastante os indivíduos quanto a integração social; as causas que estão na base dos suicídios em Angola, tais como o consumo de drogas, o ciúme, o feiticismo e o papel do Estado perante a este problema.

Desta feita espero que as informações contidas neste trabalho venham contribuir de maneira positiva as aspirações de todos quanto entrarem em contacto com este material.